terça-feira, 22 de abril de 2008

A plasticina da minha infância


Tacteando um pedaço de plasticina entre os dedos, escrever livremente durante 10 minutos ao sabor das sensações produzidas por esse tactear

Com um pedaço do teu coração, eu vou amassar um amor com farripas de plasticina. E se esta não chegar, eu vou até ao fim do mundo buscar tanta, tanta, que já não caiba nas minhas mãos, que transborde dos meus dedos, que salte muros, corra ruas, derrube pilares e obstáculos, mas este pedaço do teu coração não vai ser mais pequeno que toda a plasticina que eu encontrar. E ao som da minha música preferida, eu vou amassar entre os meus dedos esse pedaço e vou apertá-lo com tanta, tanta força, que vou dar-lhe mil formas e vai até ficar sem cor, e no fim já não sabemos se são os meus dedos que te roubaram a cor ou se a cor da tua plasticina quis ficar agarrada aos meus dedos para deles ser uma parte ou um todo, e com eles se confundir.
Com um pedaço do teu coração eu vou construir um amor maior que toda a plasticina que há no mundo.

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