quarta-feira, 11 de junho de 2008

Cuidado com esse buraco!


Iniciando com “um dia de manhã, levanto-me, saio de casa, há um buraco no passeio, não o vejo e caio nele. No dia seguinte, saio de casa…”, 5 minutos para terminar o texto usando a mesma estrutura e imaginando o que aconteceu sempre que saí de casa até ao sétimo dia .

Um dia de manhã, levanto-me, saio de casa, há um buraco no passeio, não o vejo e caio nele.
No dia seguinte, saio de casa, vou distraída e dou um valente encontrão num poste de electricidade que ainda ontem lá não estava.
Ao terceiro dia, saio de casa, preparo-me para contornar o poste, mas… há outra vez um buraco e quase caio nele. Um cartaz gigante informa-me que tiveram início as obras para o gás natural. Sigo meu o caminho satisfeita porque porque vai ser cada vez mais agradável viver no meu bairro.
Ao quarto dia, saio de casa, espreito as obras, mas agora o cartaz diz que as obras são para a passagem do Metro!
Ao quinto dia, saio de casa e nem quero acreditar: os serviços secretos estão a construir um túnel para uma galeria subterrânea.
Ao sexto dia, saio de casa e os meus olhos arregalam-se de espanto: um dos pilares da nova ponte que vai ser construída vai ficar mesmo em frente da minha porta!
Ao sétimo dia, saio de casa e respiro de alívio: no lugar de um buraco que ali andava há uma semana, alguém plantou uma árvore.
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4 comentários:

dulce surgy disse...

Bem, que optimismo!!!!
Fico feliz por haver histórias com finais desses no mundo da Nêta!!!

No mundo real, ao sétimo dia nem conseguias sair de casa pela porta porque o pilar tapava-a completamente e ainda por cima tinhas acordado tarde porque o barulho dos carros a passar na nova ponte não te tinham deixado dormir, além disso um pneu tinha saltado de um carro e tinha embatido contra a tua janela, partindo-a e ....
Que bom que não tenha acabado assim este teu texto!!

Faz mais desses para nos animar!!!

nêta disse...

É, Dulce, às vezes faz-nos falta ver a vida de outro prisma.
Não é o meu registo habitual, mas neste caso, intencionalmente, tentei dar uma perspectiva de esperança às minhas palavras. Para acreditarmos que nem sempre o buraco à nossa frente significa uma queda.
Beijinhos

Anónimo disse...

Este final é delicioso!! E pleno de simbolismo... sétimo dia, árvore...

Um beijinho

nêta disse...

O 7 não foi escolha minha, seguimos orientações que nos são dadas. Mas a árvore, sim. Um toque de esperança nestas nossas vidas desenfreadas.

Um beijinho também para si, Cris