terça-feira, 22 de abril de 2008

Faz-te ouvir!

Após leitura em voz alta de diversos poemas, lidos em diferentes tons por todos ao mesmo tempo num espaço diminuto, numa impressionante cacofonia, autêntico babel de atropelos sonoros, 10 minutos para escrever livremente sobre a experiência.

Palavras que ecoam na mente, gente que ouve e se ouve. Gritos, lamúrias, murmúrios, tons diferentes. Gente que grita ou simplesmente fala baixinho, como se não quisesse que o outro ouvisse. Quão diferentes podem ser as palavras se ditas, lidas, ecoadas. Que eco tem o som? Quem grita mais alto? Quem se faz ouvir? Uma declaração ou um discurso? Queres fazer-te ouvir ou apenas dizer, na simplicidade de fazeres chegar ao outro o que te vai na alma? Pode uma declaração de amor ser gritada e um discurso saído da varanda chegar ao destino num simples murmúrio? Há lamúrias felizes? Fala na tua vez, espera a tua vez para falar, não deixes de dizer, continua, não pares, fala, diz! Que tens para esconder? O que dizes ecoa na eternidade. Faz-te ouvir! Ouve e faz-te ouvir!

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